Texto escrito por Constanza Martínez Gaete via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
Atualmente, no corredor de 600 quilômetros que vai de Oslo (Noruega), passando por Gotemburg e Malmö (Suécia) até Copenhague (Dinamarca), vivem 8 milhões de pessoas. Viajar desde a capital norueguesa até sua parceira dinamarquesa demora oito horas, entretanto, se está estudando a possibilidade de conectar em 2025 ambas cidades com um trem de alta velocidade que demore somente 140 minutos, dando origem a "Cidade Escandinava de 8 milhões".
Esta região, composta por quatro cidade metropolitanas - duas delas capitais - de três países, encontra-se em uma das regiões mais dinâmicas e inovadoras da Europa. Não obstante, apesar de que diversos indicadores a nível europeu e mundial refletem que nestas cidades serão desenvolvidas atividades econômicas positivas, sua baixa densidade populacional levou a situação de que as concentrações de massa deem lugar a um novo desafio: competir em escala global para atrair e reter talento.
Por isso, o corredor que dará origem a Cidade Escandinava de 8 milhões não somente busca melhorar a conectividade entre suas cidades e converter-se em um transporte atrativo a nível mundial, mas também paralelamente, dezenas de estratégias para converter-se em um dos corredores mais competitivos do mundo, mantendo as qualidade ambientais e sociais que já o fazem um lugar único do planeta.
Mais informações a seguir.
Com a finalidade de estabelecer esta região, a filosofia de trabalho por parte das autoridades se centrará em explorar o potencial da cooperação, entendida como base para o progresso em um mundo globalizado. Desta forma, ao explorar este potencial, buscarão criar novos e melhores postos de trabalho e ambientes de inovação.
Este projeto de "nova cidade" considera que a cooperação entre suas metrópoles requer de uma infraestrutura de transportes adequada, tanto para seus habitantes como para o translado de bens. Por isso, os países escandinavos buscam instalar trens de alta velocidade com o objetivo de estimular o crescimento em outras áreas de desenvolvimento a nível nacional.
Mas não somente na cooperação transnacional está radicado este projeto, mas também na busca de aproveitar o potencial como fortes motores de crescimento em nível regional, aproveitando o potencial de inovação e desenvolvimento (I + D) de cada uma delas.
Também será incentivada a colaboração transnacional em assuntos essenciais - ou "duras" como postula o projeto - para o desenvolvimento do trem de alta velocidade e outras infraestruturas em transportes. Além disso, serão fomentados elementos "brandos" para estabelecer linhas de cooperação direta entre cidadãos através de alianças educacionais e empresariais.
A "Cidade Escandinava" considera cinco pontos que asseguram mais oportunidades operacionais para o desenvolvimento econômico:
1. Discutir coletivamente as próximas estratégias para as redes transnacionais, sejam estas políticas, profissionais, sociais e de transporte.
2. Construir uma cultura da comunicação entre os países com capacidade para adaptar-se às mudanças.
3. Criar ferramentas adequadas para a previsão e a avaliação de novas oportunidades.
4. Detectar novos competidores globais antes dos outros.
5. Assegurar produtos da melhor qualidade.
Atualmente, a região escandinava tem suas fortalezas nas áreas de logística, meio ambiente, nanotecnologia, TIC`s, entre outras, que poderiam se posicionar como líderes a nível europeu com o novo trem de alta velocidade.
Entre as múltiplas vantagens que teria esta nova região, destacam-se as seguintes:
1. Uma estratégia transnacional para um crescimento equilibrado e competitivo.
2. Um sistema de transporte multinacional que cumpra com todos os níveis: local, regional e internacional.
3. Intensificação da rede de governabilidade, dentro e através das fronteiras nacionais.
4 . Maior disponibilidade de recursos de conhecimento, presentes em empresas globais e investidores.
5. Maior influência devido ao seu maior tamanho, convertendo-se em uma mega-região competitiva em nível mundial.